O Fundo Socioambiental Casa, criado por Maria Amália Souza, é uma organização que financia pequenos projetos e busca fortalecer a capacidade gestora de organizações ligadas a causas socioambientais e de grupos comunitários na América Latina. Entre 2002 e 2020, apoiou 2.315 iniciativas de ONGs e grupos comunitários no Brasil e na América do Sul, e foram doados cerca de US$ 12.645.512.

O recurso doado é diretamente alocado para as comunidades de base beneficiadas, extinguindo do processo qualquer tipo de intermediação. A potencialização de recursos é um pilar do Fundo Casa, que trabalha com estrutura reduzida, de baixo custo e descentralizada. A relação estabelecida com os parceiros, líderes locais, evita gastos com viagens para acompanhar os projetos apoiados.

Os quatro primeiros anos da organização foram marcados por uma atuação centralizada em projetos brasileiros, porém absorvendo projetos de outros países da América Latina. Em 2018, o Fundo Casa contou com o aporte de 10 milhões de reais para o desenvolvimento de projetos socioambientais na América Latina.

Além do trabalho de distribuição dos recursos, o Fundo Casa, nos últimos quatro anos, vem contribuindo com a disseminação de seu modelo de filantropia colaborativa para a criação de novos fundos locais na Bolívia, Colômbia, Paraguai, Equador, Peru e Argentina.

Ancorados na ideia de que a ampliação da capacidade de atuação local é uma estratégia-chave para preservar o meio ambiente, a proposta desses fundos é estar muito próximos das necessidades locais. O Fundo Casa contribui, assim, para a criação de novos espaços de influência, nacional e internacional, que podem criar novos recursos que hoje não estão sendo gerados ou acessados.

O Fundo Casa enxerga o apoio a esses grupos como uma forma de fortalecer o tecido democrático e possibilitar que tenham voz perante a sociedade. Acredita que fundos genuinamente locais podem estimular o crescimento da filantropia interna, engajando novos doadores e trazendo novos recursos em países emergentes.