Elie Horn, fundador da Cyrela, é hoje o único brasileiro a fazer parte do The Giving Pledge, iniciativa de Warren Buffet e do casal Bill e Melinda Gates, que reúne mais de 130 pessoas ou famílias que se comprometem a doar parte do seu patrimônio para causas sociais.

Para colocar em prática o seu compromisso, Elie reuniu outros quatro empresários e fundaram o Movimento Bem Maior: Eugênio Mattar, CEO da Localiza; Luciano Huck, apresentador de TV; Rubens Menin, CEO e chairman da MRV Engenharia; e João Araújo, empresário que controla o Grupo Buritipar. A força que esses empresários têm na mídia é um ativo estratégico do Movimento. A meta estabelecida é dobrar o volume de doações no Brasil em relação ao PIB em 10 anos, aproximadamente 1 bilhão por ano a mais em doações. Para isso, a aposta é promover ações que ampliem a cultura de doação no país, por exemplo por iniciativas de matching.

Em seu primeiro ano de atuação, o Movimento Bem Maior destinou cerca de 5 milhões de reais para o primeiro edital de apoio a organizações sociais. Os recursos arrecadados foram divididos por igual entre 50 instituições beneficiadas.

Outra iniciativa do Movimento é o Fundo Emergencial para a Saúde, criado com a plataforma BSocial e o IDIS. O fundo, que combina financiamento coletivo com grandes doações, foi criado em resposta à pandemia da covid-19 para apoiar o sistema de saúde e organizações da sociedade civil, e é gerido pela SITAWI Finanças do Bem. O conselho gestor, composto por um representante de cada uma das organizações cofundadoras, autoriza as transferências de recursos para os beneficiários. Um conselho técnico, formado por três especialistas em saúde, dá orientação ao conselho gestor sobre prioridades de investimento.

Até outubro de 2020, quando encerrou sua captação de doações, o fundo havia apoiado 59 hospitais, um centro de pesquisa e uma organização social, tendo mobilizado R$ 40.700.000 de 10.632 doadores.