O Educação Já! é uma iniciativa do Todos pela Educação, lançada durante a campanha eleitoral presidencial de 2018 com o objetivo de estabelecer prioridades – ações-chave e estruturantes – que possibilitassem promover a aceleração de melhorias e um salto qualitativo da educação pública brasileira. Para isso, trabalhou-se na produção de um documento com a participação de um grupo amplo e diverso de especialistas e profissionais da educação e considerando diagnósticos já feitos em torno do tema, a fim de criar um plano estratégico nacional conjunto, com ações e metas claras.

Na sequência, o objetivo era influenciar os candidatos a incluir as sete áreas prioritárias e 24 medidas apontadas pelo documento em seus planos de governo. E, depois das eleições, realizar um trabalho junto ao Ministério da Educação (MEC) para apoiar o desenvolvimento de políticas públicas e criar uma bancada da educação no Congresso Nacional, fortalecendo ações de advocacy, sempre a partir do documento que, uma vez finalizado, deu nome à iniciativa.

Buscando contribuir na articulação entre academia, pesquisadores, profissionais da educação, investidores sociais privados e setor público, o Educação Já! abriu várias frentes de trabalho, que foram sendo ajustadas ao contexto que foi se revelando após as eleições de 2018.

Na frente que envolve atores da filantropia e do investimento social, criou-se um grupo de governança técnica e de implementação das 24 medidas apontadas como prioritárias pelo documento. O olhar conjunto possibilita uma análise ampla sobre quem está atuando onde, quais são os desafios, os avanços, as lacunas e as sobreposições e estimula ações para superá-las, a partir da visão do conjunto, sempre em diálogo com as prioridades do momento.

As reuniões acontecem periodicamente e o Todos pela Educação é responsável por promovê-las e articulá-las, com o desafio de equilibrar o tempo disponível das lideranças das instituições participantes, aproveitando-o para uma discussão de qualidade.

O projeto, que tinha foco prioritário de âmbito federal, foi revisto devido às grandes instabilidades do MEC e ampliou a articulação com estados e municípios. No âmbito federal, se intensificaram as ações de advocacy e comunicação, defendendo a importância do papel do MEC e políticas fundamentais para a educação brasileira, como a defesa do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB).